"Não quero tua esplêndida gaiola, pois nenhuma riqueza me consola de haver perdido aquilo que perdi. Prefiro o ninho humilde, construído de folhas secas entre os galhos das árvores amigas. (...)"

(O pássaro cativo, Olavo Bilac)







quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Furnas: rapel nas águas do Mar de Minas.

"A represa de Furnas está localizada no curso médio do Rio Grande, entre São José da Barra e São João Batista do Glória, em Minas Gerais. A construção da hidrelétrica começou em 1958 no governo de JK, e sua construção permitiu que se evitasse o colapso energético do país na década de 60. Faz parte das obras do plano de governo de Juscelino, “50 anos em 5”, bem como a construção de Brasília. O reservatório banha 34 municípios de Minas Gerais, e a inundação de áreas férteis trouxe prejuízos para os agricultores locais, mas possibilitou, além do desenvolvimento da região com a nova usina, o aumento da renda do município relacionada ao turismo, visto que a inundação formou novas e belas paisagens, como os cânions da cidade de Capitólio. O lago é formado por dois braços de rio, um que deságua no Rio Grande e outro proveniente da junção dos rios Verde, Sapucaí e Machado. É a maior extensão de água do estado, e por isso é chamado de “Mar de Minas”, cujas praias artificiais e cânions o transformam numa grande atração turística. " (adaptado da internet)

 
No feriado do dia 07 de Setembro, combinei com a galera mineira que fez o mochilão em Julho comigo de conhecer Furnas, ficarmos num camping e fazermos rapel por lá. Um deles tem uma agência de viagens (Curupira Turismo) e sempre faz umas trips pra fazer ecoturismo, aí me juntei à excursão dos “Nômades do Cerrado” (é assim que eles se chamam porque viajam sempre, têm até camiseta, sô!). Combinei com mais três amigos, dividimos a gasolina e encontramos o pessoal lá.

Primeiro dia (sexta feira, 07 de setembro):
Saímos pela manhã, e chegamos lá de tardezinha depois de umas oito horas de viagem, pois fizemos várias paradas. O sol na estrada estava escaldante, então foi realmente cansativo. Chegamos, montamos a barraca, e o pessoal que tinha chegado na quinta a noite estava voltando de um rapel numa das cachoeiras, o lugar é realmente muito lindo. A noite um churrasco, uma roda e um lual sobre as estrelas , tocando um som  num violão (os mineiros tocam muuuuito). A lua estava linda, com o típico céu brilhante de Minas que NÃO EXISTE em São Paulo.



         
                         Adoradores da lua:



Segundo dia (Sábado, 08 de Setembro):
No município de Capitólio (ao qual a hidrlétrica pertence) existem lindíssimas piscinas naturais, de água verdinha e transparente, e saímos depois do café pra fazer uma trilha por elas. Levamos coisas pra comer e passamos o dia curtindo a natureza, parando pelos locais, nadando, etc. A maioria das trilhas tinha que passar por dentro das piscinas naturais andando ou a nado pela água geladassa, mas como o dia estava quente, foi uma delícia!
O momento que eu quase morri afogada: Numa das piscinas naturais que paramos, resolvemos tirar umas fotos embaixo da água. Eu não nado bem, apenas “me viro”, aí atravessei o laguinho a nado e perguntei se onde eles estavam dava pé. Mas quando tentei colocar o pé no chão, nao dava, tinha um buracão bem embaixo de mim! Comecei a afundar, olhei pra cima e vi a claridade do dia sumindo, sumindo na superfície, me debati na tentativa de subir, mas nada, continuei afundando. Aquela história de ter calma e esperar que o corpo flutua NÃO funciona no momento do desespero, e agora eu entendo porque. Sabe aquela história de ver sua vida passando em segundos na sua frente? Eu realmente vi isso, vi cenas da minha infância que não tinha mais nenhuma lembrança. Vi uma cena de quando eu devia ter uns dois anos de idade e estava num rodeio com meu pai e os touros se soltaram e as pessoas começaram a correr e meu pai começou a correr também comigo no ombro e meu irmão no braço. Me vi na escola no meu primeiro dia de aula, vi as tias da creche me fazendo comer umas verduras e eu chorando porque nao queria, revi coisas que vivi quando era casada (hilário rs), cenas muuuuito antigas mesmo, mas que ficam marcadas no subconsciente, apesar da gente não se lembrar. Quando voltei liguei pro meu pai e perguntei dessa cena do rodeio, e ele disse que isso aconteceu. Realmente surreal. Mas aí alguém me puxou pra cima e ficou tudo bem. Ufa! Tirei a foto embaixo da água e saí rapidinho com medo de cair no buraco de novo rs.


                             Como diz a Vanessa, o quarteto fodástico! Amigos do coração:



                                               O laguinho onde eu quase morri afogada:

A foto que quase causou a minha morte (e nem ficou tão legal assim):




                               Galera zica das montanhas de Minas. Tudo gente booooooooa, sô!






A hidrelétrica de Furnas:

Descendo um pouco, o camping tinha uma vista legal da represa:


A noite, uma macarronada deliciosa (valeu, Dani!!) e outro lual, e quase fomos expulsos do camping por causa do barulho. A segurança veio dizer que ou parávamos ou era pra nos retirarmos rs. Aí procuramos um lugar bem afastado pra continuar, tudo escuro, ligamos as lanternas e continuamos a cantar. Baixo astral aqui? Impossível!

Tati, a draga (tô repetindo, e daí?)! Todo mundo me zoa dizendo que eu sou magra de ruim porque como muito, mas em viagens eu realmente sinto MUITA fome. Em casa eu nem ligo muito pra comida (é, eu cozinho mal rs).


Momentos felizes antes da ameaça de expulsão:



                                                           O silêncio fotografado:

Terceiro dia (Domingo, 09 de Setembro)
O dia do rapel: fomos até uma fenda que tinha numa rocha com uma altura de uns 70 metros. Aí depois de descer alguns metros, as rochas acabavam e a descida era livre, e aparecia a vista magnífica da represa de Furnas, com uma cachoeira LINDA no fundo (a cachoeira que o pessoal fez rapel na sexta, mas não fiz pq chegamos muito tarde). Eu nunca tinha feito rapel, e confesso que na hora que botei as pernas no paredão rochoso pra começar a descer pensei em desistir, com medo de não saber soltar a corda aos poucos e cair de uma vez. Depois que peguei o jeito de ir folgando aos poucos e ir escorregando, foi tranqüilo. Pretendo fazer rapel outras vezes, numa cachoeira da próxima. Voltamos pro camping de barco, pq o lugar só tinha acesso pra entrar e sair pela represa, já que entramos por cima descendo os cânions pelas cordas .
Chegando no camping, foi desmontar a barraca, refazer a mochila e voltar Pra Sp. Buááááá. Deprê pós viagem, fazer o quê?


Descer de rapel com uma vista dessas não tem preço!








A vista dos cânions: LINDO demais!


Vanessa trollando minha foto:



Como não amar Minas Gerais?


Lindo como ele só:

Uma foto do rapel que eu não fiz na sexta, pq cheguei tarde (só pra ficar na vontade):




Onde ficar:
Campings:

O que fazer:
Pescar, fazer rapel, wake surf, andar de barco, nadar nas águas azuis da represa, se deliciar com a culinária mineira, passear de lancha (nos clubes náuticos é possível alugar uma), andar de jeep, se hospedar em algum clube, etc.

Quer saber qual a próxima aventura da Curupira Turismo?
Entre em contato: http://www.curupiraturismo.com/

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

São Thomé das Letras II: O Mundo Imaginário ficou na imaginação

Festival O Mundo Imaginário


Estou sem palavras para detalhar o que foi esse festival. Mas mesmo sem palavras, o jeito é buscar do fundo da indignação e poder ao menos me pronunciar a respeito do ocorrido.
Quando alguém diz que “a propaganda é a alma do negócio” ela provavelmente sabe do que está falando. Porque realmente É! A propaganda desse festival foi marcante pelas redes sociais, era impossível não ficar com vontade de ir. Covers de artistas fodásticos como The Doors, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Dj´s e Reggae, inclusive com artistas da própria cidade, como Ventania e Força da Paz. Fotos incríveis compartilhadas todos os dias. Três palcos de 500m pra rock, reggae e música eletrônica, certamente na intenção de atingir todas as tribos, e claro, mais gente.
Me juntei a uma excursão que saiu de Sp e fui. Chegando na cidade já começou a palhaçada: vários ônibus parados porque alguém disse que não dava pra passar pois estava atolando, ou deslizando, ou sei lá o quê. Para ir era preciso pegar um dos ônibus da cidade, e pagar a quantia módica de R$10,00, que subiu pra R$15,00 e depois pra R$25,00. Se não passava ônibus, porque só o ônibus da cidade passava? Cheiro de armação. Galera do ônibus convenceu nosso motorista a ir, e ele foi. Claro que não houve problema. Alguns moradores da cidade aproveitaram o momento pra extorquir dinheiro dos desinformados. O trânsito perto do local estava grande, pessoas, carros, motos, vans, peruas, e demoramos pra chegar.
O kilo de alimento que anunciaram no site e no convite nem foi cobrado, e quando alguém dizia que havia trazido eles apontavam um canto e mandavam deixar ali mesmo. O sol era intenso, tão intenso que me deixou com a marca do óculos e o nariz ardendo num período de apenas uma hora de exposição, que foi enquanto eu montava a barraca. O camping era no meio de um pasto, tentei escolher uma parte onde tinha menos cocô de gado, pois estava cheio de esterco por todos os lados, além de ter uma rede elétrica passando por cima, o que causou queda de raios no meio do camping. Sendo um pasto, inevitável encontrar carrapatos, e foi o que aconteceu. Tirei vários da minha coxa, da minha barriga, do meu braço. Estou coçando até agora.
Depois que montei a barraca, saí pra dar uma olhada, e parecia que eu estava no meio de uma obra inacabada: apenas cinco banheiros químicos e alguns banheiros feitos de tapume, aquela madeira de construção. Além de precários, eram insuficientes para todo mundo, e na primeira noite já estavam sem condições de uso. Perguntei onde era a área de banho, e um cara que aparentemente cuidava da organização me disse que “ainda estão montando”.  Na entrada, uma das organizadoras da excursão que eu estava foi barrada porque levava uma sacolinha com coisas pra comer. Queriam que consumíssemos no restaurante de lá, óbvio. Mas não barraram pessoas entrando com caixas de cerveja, garrafas com bebida alcoolica e coolers térmicos, o que não faz sentido, já que as bebidas também seriam vendidas no local. Fui no restaurante pra tentar comer e só de olhar desisti: um monte de gente comendo em pé, mais um monte de gente sentado em poucas mesinhas, um outro tanto esperando pra comer e apenas um garçom anotando os pedidos. Sorte que eu tinha passado no mercado e levado um monte de coisas de comer na mochila, senão tinha passado fome, pois o restaurante JAMAIS conseguiria servir as 6000 pessoas que estavam no lugar.
As tendas ainda estavam inacabadas, nem de longe se pareciam com o que havia sido anunciado e o único palco mais ou menos pronto que tocou um pouco de música caiu depois de um tempo.
E aí veio o pior: a tempestade. A chuva durou umas duas horas e foi tão forte que inundou tudo, levou um monte de barracas embora e raios caíam no meio do camping, as pessoas saíram correndo, mas NÃO HAVIA ABRIGO. Um carioca morreu atingido por um raio, e mais três pessoas que estavam com ele se feriram. A única ambulância do local levou os feridos para o hospital de Três Corações, e o resto da festa ficou sem socorro caso acontecesse mais alguma coisa. Minha barraca ficou toda alagada, quando entrei minhas coisas nadavam na água, molhou tudo e fiquei sem roupa pra trocar, assim como a maioria das pessoas que estavam ali. A chuva forte fez com que todos ficassem ilhados, não havia como sair do local pois a estrada estava atolando, e a maioria dos ônibus haviam ficado na cidade por causa do tal boato de que “não dava pra passar”. Então nem dava pra voltar. Fomos todos obrigados a passar a noite de maneira precária. Uma das tendas que devia ter som virou um dormitório, a galera dormiu embaixo e mais um monte de gente ficou sentado na grama molhada esperando o dia clarear pra tentar ir embora. Durante a madrugada não havia o que comer, o restaurante fechou e as poucas barracas que serviam comida não tinha mais comida. Consegui comprar um pedaço de pizza no cone por R$10,00, superfaturaram o preço das poucas coisas que tinham.
A aparelhagem de som queimou por conta da chuva, então NÃO TEVE SOM! Se o festival prometia ser algo parecido com Woodstock, conseguiu: assim como em Woodstock, os banheiros não eram suficientes, não havia lugar para banho, não havia estrutura, não havia comida e muita gente entrou sem pagar. A diferença é que em Woodstock TEVE SOM, e as pessoas estavam ali para isso, então o resto seria contornável. Depois da chuva, as únicas pessoas que cuidavam do evento, os seguranças da portaria, simplesmente DESAPARECERAM! A polícia disse que o evento não podia continuar e todos se mandaram sem dar sequer uma satisfação. Não havia ninguém que pudesse orientar, nos mandar ir embora ou fornecer alguma informação. E o local não tinha sinal de celular nenhum para pedir algum socorro caso fosse necessário.
Durante a madrugada, todo mundo molhado e precisando se esquentar, começaram a saquear os bares e caminhões de bebida. Apareceu um cara correndo do nada com uma serra elétrica(!) pra tentar espantar as pessoas que estavam saqueando, e depois saiu correndo no meio da multidão agitando a serra elétrica LIGADA para todos os lados, uma cena de filme de terror.
Para dormir um pouco, joguei a água da barraca pra fora torcendo com as minhas próprias roupas, virei a parte plástica do colchão de ar pra cima pra enxugar e dormi ali mesmo, e em volta tudo ensopado, cheio de água e pingando. Parecia que eu estava no meio de uma enchente.
Pela manhã, abri a porta da barraca e a cena era de um campo de guerra: todo mundo levantando, desmontando as coisas e carregando as tralhas molhadas, um monte de lixo, barracas destruídas, mochilas abandonadas e os sobreviventes se erguendo e arrumando as bagagens pra fugir dali. Alguns DJ´s que estavam presentes, mas não eram do evento, montaram uma gambiarra com o celular e caixas de som e fizeram um som, mas algo totalmente informal. Mas ninguém mais estava no pique de curtir a música.
Todo mundo foi embora pra cidade e estava tudo lotado, não havia mais acomodação. Alguns amigos conseguiram alugar uma casa e passamos a noite lá, tive que comprar roupas pra poder trocar por conta da mochila molhada. Várias pessoas dormiram dentro do ônibus mesmo.
O bom é que brasileiro sempre consegue tirar o bom de tudo. Botaram os carros de som na praça de São Thomé e fizeram a rave ali mesmo durante a noite inteira, fomos curtir um rock num dos bares de lá, visitamos as cachoeiras. Apesar de todo esse perrengue, não vi uma briga sequer, não vi nenhuma notícia de assalto e não vi ninguém se estressar. Mas uma garota perdeu a bolsa E ROUBARAM A ÁRVORE QUE EU HAVIA LEVADO PRA PLANTAR! Fiquei chateada.
Quando voltávamos do festival, havia um carro pendurado numa ponte estreita e o motorista não quis passar com medo de não ter espaço, aí esperamos um tempão o dono aparecer e nada. Pessoal pegou o violão, começou a tocar ali mesmo na rua, passou um carro equipado, abriu o porta malas, ligou o som e a galera se divertiu. Depois se juntaram pra tirar o carro, um cara numa troller tinha uma corda e guinchou o carro enquanto os meninos ajudavam a erguer a traseira pra não cair no rio. Brasileiro é sempre unido, principalmente nas piores situações.
A empresa que fez o evento, se é que existe uma, pois quem estava organizando deixou claro que nunca havia feito algo do tipo, deveria no mínimo ressarcir o dinheiro, pois não foi um festival barato, e mesmo que a chuva não tivesse caído, não haveria muita coisa: nem comida, nem chuveiros, banheiros insuficientes, nem as três tendas prometidas, nem as feirinhas de artesanato, nem as oficinas de cultura, nem o som, pois os artistas NÃO FORAM! E eles lucraram cerca de R$700.000,00 com a venda de ingressos, tiraram o site do ar e simplesmente foram embora quando a polícia apareceu e disse que não havia estrutura pra suportar a quantidade de gente e mandou parar o “festival”. Segundo o portal G1 o evento não tinha alvará de funcionamento, mesmo o lugar tendo sido trocado por proibição do IBAMA.

A estrutura era essa aí que vcs tão vendo: As casinhas rosa são os banheiros, as azuis vendiam uns lanchinhos e espetinhos superfaturados, a tenda branca serviu de dormitório depois que a chuva destruiu tudo. E tinha mais uma tenda que tocou música eletrônica por pouco tempo, até que a chuva queimasse os equipamentos de som (eles deviam ter técnicos e estar preparados pra casos como esse)

A tenda que virou dormitório dos desabrigados (já não tinha música mesmo)



Levantando acampamento pela manhã pra ir embora, pq nao tinha condições de ficar ali (e sem som, que era o objetivo, muito menos).

Antes de ir embora, em meio ao "campo de guerra", com a árvore que eu levei pra plantar e que foi roubada. Eu estava em dívida com São Thomé, pois havia visitado a cidade em Maio e nao plantei nada (o meu projeto Sementes na Mochila ainda nao estava em execução), e não consegui plantar de novo porque sumiram com a minha árvore num momento de descuido.


O saque às bebidas e "o massacre da serra elétrica":






A festa rolou na praça da cidade mesmo. Brasileiro sempre sabe tirar o bom de tudo!


O jeito é curtir a cidade que nao deixa a desejar, mesmo com a superlotação.

Nariz vermelho por causa do sol que estava quando montei a barraca antes da chuva:


Quando todos estavam indo embora, ainda fizeram um som totalmente improvisado. Observe a estrutura da segunda tenda, a única que funcionou, e por pouco tempo. Isso tem capacidade pra quantas pessoas? E em volta parecia um lixão, o lugar nao tinha uma lata de lixo sequer!


Um vídeo do site de notícias G1 falando sobre o evento e do suposto raio que caiu no camping e matou um rapaz do RJ. Pode nao ter sido esse, porque caiu muitos!

Durante a organização da festa, as coisas já estavam saindo erradas. Foto postada na página do facebook que estava fazendo a divulgação. Tiraram essa página do ar também!:


E tiraram o site do ar. Espertinhos!



Quando a realidade bateu à porta, o fantástico mundo prometido ficou só na imaginação, e virou mais uma história pra contar. Essa foto do Alex demonstra toda a indignação de quem criou expectativas e saiu frustrado e sentindo-se enganado:



Se você também foi e está se sentindo lesado, assine a petição pública: