"A represa de Furnas está localizada no curso médio do Rio Grande, entre São José da Barra e São João Batista do Glória, em Minas Gerais. A construção da hidrelétrica começou em 1958 no governo de JK, e sua construção permitiu que se evitasse o colapso energético do país na década de 60. Faz parte das obras do plano de governo de Juscelino, “50 anos em 5”, bem como a construção de Brasília. O reservatório banha 34 municípios de Minas Gerais, e a inundação de áreas férteis trouxe prejuízos para os agricultores locais, mas possibilitou, além do desenvolvimento da região com a nova usina, o aumento da renda do município relacionada ao turismo, visto que a inundação formou novas e belas paisagens, como os cânions da cidade de Capitólio. O lago é formado por dois braços de rio, um que deságua no Rio Grande e outro proveniente da junção dos rios Verde, Sapucaí e Machado. É a maior extensão de água do estado, e por isso é chamado de “Mar de Minas”, cujas praias artificiais e cânions o transformam numa grande atração turística. " (adaptado da internet)
No feriado do dia 07 de Setembro, combinei com a galera mineira que fez o mochilão em Julho comigo de conhecer Furnas, ficarmos num camping e fazermos rapel por lá. Um deles tem uma agência de viagens (Curupira Turismo) e sempre faz umas trips pra fazer ecoturismo, aí me juntei à excursão dos “Nômades do Cerrado” (é assim que eles se chamam porque viajam sempre, têm até camiseta, sô!). Combinei com mais três amigos, dividimos a gasolina e encontramos o pessoal lá.
Primeiro dia (sexta feira, 07 de setembro):
Saímos pela manhã, e chegamos lá de tardezinha depois de umas oito horas de viagem, pois fizemos várias paradas. O sol na estrada estava escaldante, então foi realmente cansativo. Chegamos, montamos a barraca, e o pessoal que tinha chegado na quinta a noite estava voltando de um rapel numa das cachoeiras, o lugar é realmente muito lindo. A noite um churrasco, uma roda e um lual sobre as estrelas , tocando um som num violão (os mineiros tocam muuuuito). A lua estava linda, com o típico céu brilhante de Minas que NÃO EXISTE em São Paulo.
Adoradores da lua:

Segundo dia (Sábado, 08 de Setembro):
No município de Capitólio (ao qual a hidrlétrica pertence) existem lindíssimas piscinas naturais, de água verdinha e transparente, e saímos depois do café pra fazer uma trilha por elas. Levamos coisas pra comer e passamos o dia curtindo a natureza, parando pelos locais, nadando, etc. A maioria das trilhas tinha que passar por dentro das piscinas naturais andando ou a nado pela água geladassa, mas como o dia estava quente, foi uma delícia!
O momento que eu quase morri afogada: Numa das piscinas naturais que paramos, resolvemos tirar umas fotos embaixo da água. Eu não nado bem, apenas “me viro”, aí atravessei o laguinho a nado e perguntei se onde eles estavam dava pé. Mas quando tentei colocar o pé no chão, nao dava, tinha um buracão bem embaixo de mim! Comecei a afundar, olhei pra cima e vi a claridade do dia sumindo, sumindo na superfície, me debati na tentativa de subir, mas nada, continuei afundando. Aquela história de ter calma e esperar que o corpo flutua NÃO funciona no momento do desespero, e agora eu entendo porque. Sabe aquela história de ver sua vida passando em segundos na sua frente? Eu realmente vi isso, vi cenas da minha infância que não tinha mais nenhuma lembrança. Vi uma cena de quando eu devia ter uns dois anos de idade e estava num rodeio com meu pai e os touros se soltaram e as pessoas começaram a correr e meu pai começou a correr também comigo no ombro e meu irmão no braço. Me vi na escola no meu primeiro dia de aula, vi as tias da creche me fazendo comer umas verduras e eu chorando porque nao queria, revi coisas que vivi quando era casada (hilário rs), cenas muuuuito antigas mesmo, mas que ficam marcadas no subconsciente, apesar da gente não se lembrar. Quando voltei liguei pro meu pai e perguntei dessa cena do rodeio, e ele disse que isso aconteceu. Realmente surreal. Mas aí alguém me puxou pra cima e ficou tudo bem. Ufa! Tirei a foto embaixo da água e saí rapidinho com medo de cair no buraco de novo rs.
Como diz a Vanessa, o quarteto fodástico! Amigos do coração:
O laguinho onde eu quase morri afogada:
A foto que quase causou a minha morte (e nem ficou tão legal assim):
Galera zica das montanhas de Minas. Tudo gente booooooooa, sô!
A hidrelétrica de Furnas:
Descendo um pouco, o camping tinha uma vista legal da represa:
A noite, uma macarronada deliciosa (valeu, Dani!!) e outro lual, e quase fomos expulsos do camping por causa do barulho. A segurança veio dizer que ou parávamos ou era pra nos retirarmos rs. Aí procuramos um lugar bem afastado pra continuar, tudo escuro, ligamos as lanternas e continuamos a cantar. Baixo astral aqui? Impossível!
Tati, a draga (tô repetindo, e daí?)! Todo mundo me zoa dizendo que eu sou magra de ruim porque como muito, mas em viagens eu realmente sinto MUITA fome. Em casa eu nem ligo muito pra comida (é, eu cozinho mal rs).
Momentos felizes antes da ameaça de expulsão:
O silêncio fotografado:
Terceiro dia (Domingo, 09 de Setembro)
O dia do rapel: fomos até uma fenda que tinha numa rocha com uma altura de uns 70 metros. Aí depois de descer alguns metros, as rochas acabavam e a descida era livre, e aparecia a vista magnífica da represa de Furnas, com uma cachoeira LINDA no fundo (a cachoeira que o pessoal fez rapel na sexta, mas não fiz pq chegamos muito tarde). Eu nunca tinha feito rapel, e confesso que na hora que botei as pernas no paredão rochoso pra começar a descer pensei em desistir, com medo de não saber soltar a corda aos poucos e cair de uma vez. Depois que peguei o jeito de ir folgando aos poucos e ir escorregando, foi tranqüilo. Pretendo fazer rapel outras vezes, numa cachoeira da próxima. Voltamos pro camping de barco, pq o lugar só tinha acesso pra entrar e sair pela represa, já que entramos por cima descendo os cânions pelas cordas .
Chegando no camping, foi desmontar a barraca, refazer a mochila e voltar Pra Sp. Buááááá. Deprê pós viagem, fazer o quê?
Descer de rapel com uma vista dessas não tem preço!
A vista dos cânions: LINDO demais!
Vanessa trollando minha foto:
Como não amar Minas Gerais?
Lindo como ele só:
Uma foto do rapel que eu não fiz na sexta, pq cheguei tarde (só pra ficar na vontade):
Onde ficar:
Campings:
O que fazer:
Pescar, fazer rapel, wake surf, andar de barco, nadar nas águas azuis da represa, se deliciar com a culinária mineira, passear de lancha (nos clubes náuticos é possível alugar uma), andar de jeep, se hospedar em algum clube, etc.
Quer saber qual a próxima aventura da Curupira Turismo?
Entre em contato: http://www.curupiraturismo.com/
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